Publicado em: janeiro 12, 2021
Doença Celíaca é uma doença crônica autoimune que afeta o intestino delgado de pessoas com uma predisposição genética, precipitada pela alimentação com glúten.
O Glúten é um proteína presente no trigo, cevada e centeio e é muito utilizado no processamento de alimentos para dar às massas as propriedades de cozimento desejadas, adicionar sabores e melhorar a textura dos alimentos.
Nos últimos anos observamos um aumento importante de novos casos de Doença Celíaca, pois hoje temos melhores ferramentas de diagnóstico e também por estar cada vez mais em alta e pesquisada nos pacientes.
Portadores de outras doenças auto-imunes com tireoidite de Hashimoto, Lúpus, Dermatite Herpetiforme e Diabetes Mellitus tipo 1 tem maior risco de apresentar Doença Celíaca.
Os pacientes podem se apresentar com sintomas como diarreia, gordura nas fezes, perda de peso, anemia por deficiência de ferro e algumas vezes apenas sintomas abdominais vagos muitas vezes semelhantes a Síndrome do Intestino Irritável desconforto e distensão abdominal, além de esofagite, osteoporose principalmente antes da idade esperada, aumento das enzimas do fígado, algumas intercorrências durante a gravidez e até mesmo linfoma intestinal.
Quando suspeitamos desse diagnóstico devemos fazer a investigação com marcadores sorológicos – anticorpos detectados por exame de sangue (principalmente Anti-transglutaminase e Anti-endomísio). Quando positivos ou em casos de forte suspeita deve-se prosseguir a investigação com a realização de Endoscopia Digestiva Alta e biópsias do duodeno que podem confirmar o diagnóstico.
Existem ainda testes sanguíneos genéticos que podem ajudar a confirmar ou afastar o diagnóstico em casos duvidosos – Chamados pesquisa de HLADQ2/8.
Vale lembrar que é importante que o diagnóstico definitivo seja feito com a combinação da história/sintomas, exames sorológicos e resultados da endoscopia/biópsia e essa investigação deve ser feita durante uma dieta com glúten. A dieta sem glúten pode negativar esses marcadores e normalizar as alterações que poderiam ser encontradas na biópsias, muitas vezes dificultando/mascarando o diagnóstico correto.
A avaliação por um especialista é fundamental para o diagnóstico, acompanhamento e tratamento adequado.
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